Vladivostok é o ponto extremo ao leste da famosa Ferrovia Transiberiana, fica à 9288 km por trilhos desde Moscou. Percorremos mais de 80% destes trilhos numa aventura que iniciou em 20 de julho de 2012 em Ecaterimburgo, nos montes Urais, fronteira geográfica da Europa Ásia, e terminou em 04 de agosto no Extremo Oriente russo na cidade de Vladivostok.
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Marco Final dos 9288 Km desde Moscou |
Vladivostok vive no imaginário de todos que um dia jogaram WAR. Existem alguns erros no mapa que é o tabuleiro do WAR, um deles é a posição de Vladivostok, temos a impressão de estar no topo do circulo polar Ártico fazendo quase fronteira com o Alaska, no estreito de Bering. A sua posição na verdade é no extremo da península de Muravyov-Amurrky, com o golfo de Amursky a oeste e Usuriyky a Oeste e ao sul o Golfo do Chifre Dourado. Para ajudar imagine uma península que de um lado está a China/Coréia do Norte e do outro o Japão.
Chegamos em Vladivostok no trem 6 Khabarovsk-Vladivostok , que partiu de Khabarovisk, estava uma manhã fria e chuvosa. Com certeza a estação ferroviária de Vladivostok é como um ponto de conquista, deixa a sensação de dever comprido. Ficamos alguns minutos curtindo a bela estação e o marco histórico do fim da Transiberiana.
Como de costume saímos direto da estação para o Zemchuzhina Hotel. Reservei ele pelo
Booking, à diária com café da manhã eram 3300 rublos por noite, algo em torno de 100 dólares por noite. O hotel foi o pior disparado de toda a viagem, escolhemos pela proximidade da estação ferroviária, o restante era longe de tudo. Quarto muito pequeno, sujo e barulhento. Um café da manhã horrível.
Vladivostok é a capital do Primorsky Krai, sendo a grande base naval dos russos no Oceano Pacífico. Vladivostok é um grande porto comercial também e que por sua ligação férrea com a Transiberiana é de importância vital ao comércio internacional da Rússia.
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Golden Horn Bridge ou Ponte do Chifre Dourado |
Caminhamos pela docas até o Furnicular, para subir a colina e ter o melhor visual da baia de Golden Horn ou Chifre Dourado. Para nosso azar o Furnicular estava fechado e então partimos para o jeitinho russo, levantamos o braço e o primeiro carro que parou nos levou por 200 rublos ao ponto no topo da colina. A vista da baía de cima da colina é muito legal, a nova ponte estaiada é lindíssima e estava em fase de teste para sua inauguração. Abaixo na baía, está uma das maiores e mais poderosas frotas navais do mundo, com bases de navio e submarinos russos.

A
Golden Horn Bridge ou Ponte do Chifre Dourado, é uma das obras de infra instrutura realizadas na região para a realização da assembléia da APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation) em setembro de 2012 (www.vladivostok2012.com) . Esta ponte estaiada possui 2100 metros e seis pistas, uma belíssima obra de engenharia e o ponto no alto da colina é excelente para apeciar esta beleza.
Após visual e termos passado o dia batendo perna, seguímos rumo ao hotel e no caminhos comemos uma Pizza na Pizza M. No hotel demos uma descansada e relaxada.
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Sportivnaya Harbor |
No fim de tarde fomos para a Sportivnaya Harbor, a parte nova e revitalizada da cidade, com uma marina, bares e restaurantes, o típico Porto Madero local, mas com algumas limitações. Neste dia um clima meio sinistro estava no ar, e depois fomos saber que era o Dia da Marinha e vários marinheiros estavam enchendo a cara pelo bares e pubs da cidade, a verdadeira coisa para não terminar bem. Deveria estar entre 10-15ºC e alguns marinheiros muito bêbados estavam mergulhando na baia para nadar.

Resolvemos escolher um pub sem marinheiros e fomos tomar uma cerveja e comemoramos nosso fim da viagem.


Na parte da ilha Russky que desembarcamos é uma viagem ao tempo, fizemos uma caminhada pelas redondezas do porto e retornarmos no próximo
ferry. Por onde passamos por um conjunto de habitações soviéticas e entramos numa espécie de convento e casa de padres Ortodoxos. Juro que esta entrada no convento foi meio sinistra, pensei que o padre iria nos prender lá.
Demos uma volta pela praia, estava o maior frio e haviam russos tomando banho de sol. Duas horas depois já estávamos dentro de um ferry e retornando para Vladivostok. Foi um dia frio no verão do Extremo oriente Russo.
Na volta ficamos na parte coberta do barco e somente saímos algumas vezes para observar o grandioso porto de Vladivostok e as bela ponte da baia do Chifre Dourado (Golden Horn bridge).
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Ponte do Chifre Dourado ou Golden Horn bridge |
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Porto de Vladivostok |
Nesta noite fomos jantar no restaurante norte-coreano Pyongyang, que eu já relatei no Post sobre nosso encontro com a cultura Norte Coreana. Ficamos dois dias inteiros em Vladivostok, mas não curtimos muito a cidade, e acredito que no inverno ou um pouco mais frio dá para ficar um dia somente.

Esta foi nossa aventura, espero em breve alguns post para facilitar a vida dos que se empolgaram com a nossa viagem.
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